JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)
ALEMÃO – ERA BARROCA - 972 OBRAS
“Wachet auf, ruft uns die Stimme” (“Sleepers wake, the voice is calling”), BWV 140
Obra escrita em 1731 foi dedicada às festas da Trindade e estreou em 25 de novembro do mesmo ano. Sem dúvida alguma, esta cantata é considerada uma obra-prima. Foi composta para três vozes solistas – soprano, tenor e baixo, mais coro, trompa, dois oboés, oboé da caccia, violino piccolo, arcos e baixo contínuo. Possui uma bela orquestração, na qual se evidenciam os contrapontos de alguns instrumentos de sopro, sobretudo o oboé da caccia e a trompa, e também se destaca pela suprema beleza de sua linha melódica.
O texto é do hino luterano escrito por Philipp Nicolai (1556-1608) e baseia-se na parábola das 10 Virgens – Evangelho segundo São Mateus 25:1-13, retratando a volta de Jesus Cristo – o noivo – que vem ao encontro da alma – a noiva. É uma analogia do amor entre Cristo e a alma, sendo que esta representa os cristãos. Amor místico e devoção religiosa andam lado a lado.O coro de abertura é uma grandiosa fuga, onde texto e orquestra se entrelaçam nas 7 partes da peça. As 12 batidas dos primeiros compassos, simbolizam o sino da meia noite. Os dois duetos apaixonados são diálogos entre Jesus (baixo) e a alma (soprano). O primeiro dueto com violino piccolo traduz romantismo, enquanto o segundo é uma dança. O quarto movimento é o coral mais famoso de J.S.Bach.
A quarta parte desta cantata é o coral a ser apresentado esta noite, com uma transcrição para grande orquestra de Gláucio Zangheri. Por volta de 1748, Bach fez a transcrição desse movimento para órgão (BWV 645) a qual foi publicada em conjunto com outras cinco transcrições com o nome de Schübler Chorales.