HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959)
BRASILEIRO – ESCOLA NACIONALISTA BRASILEIRA - C.1.000
Ciclo brasileiro, W374
Movimentos: 4
Plantio do caboclo (Sol♭ Major)
Impressões seresteiras (dó♯ minor)
Festa no sertão (Dó Marior)
Dança do índio branco (lá menor)
Ano da composição: 1936-37
Primeiras apresentações:
27 de novembro de 1939, José Vieira Brandão (piano)
1938, no Rio de Janeiro, Julieta Neves d'Almeida (piano)
Primeira publicação: 1940, Rio de Janeiro: Arthur Napoleão
Dedicatória: Arminda Neves d'Almeida (Mindinha)
Duração média: 21 minutos
Estilo: início século XX
Incrivelmente prolífico, Villa-Lobos era um personagem exuberante, tendo alcançado o status de lenda no Brasil. Fez um profundo estudo da música folclórica nativa, que assimilou num estilo musical eclético. Esse conhecimento veio a constituir a base das reformas radicais no sistema de educação musical sob o governo nacionalista dos anos 30. O “Ciclo Brasileiro”, é uma coletânea de quatro peças escrita na década de 30 (1936), quando o compositor chega à depuração completa da linguagem pianística da época.
Em poucas palavras, o caboclo fez a sua plantação, cantou uma seresta ao luar, deu uma festa no sertão e convidou o índio branco para dançar. Villa-Lobos quis pintar o homem branco liberto dos preconceitos sociais. O próprio compositor se intitulava "índio branco". Vale ressaltar a excelência da sua realização ao esboçar, num desenho rítmico de quiálteras, os golpes compassados da enxada no Plantio do Caboclo; ao expor de maneira tão feliz, o painel sertanejo, com toda sua dolência, nas Impressões Seresteiras; ao construir uma peça tão variadamente descrita como a Festa do Sertão; ao pintar a dança sensual do índio branco.
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