José Gomes de Abreu, mais conhecido como Zequinha de Abreu ( Santa Rita do Passa Quatro, 19 de setembro de 1880 – São Paulo, 22 de janeiro de 1935) foi um compositor e instrumentista brasileiro. Tocava flauta, clarinete e requinta. Um dos maiores compositores de choros, é autor do famoso “Tico-Tico no Fubá” que foi muito divulgado no exterior nos anos 40 por Carmen Miranda. É pouco provável que a similaridade desta melodia com uma no primeiro movimento do Concerto para Piano Op. 15 de Beethoven seja mera coincidência. Abreu foi organizador e regente de orquestras e bandas no interior paulista.
Vida. Zequinha de Abreu era o mais velho dos oito filhos do boticário José Alacrimo Ramiro de Abreu e Justina Gomes Leitão. Sua mãe ansiava para que ele seguisse a carreira de padre, e o pai desejava que se formasse
Zequinha estudou
Trabalhava também na Casa Beethoven, executando ao piano os últimos lançamentos musicais. Atraia, com seu talento de músico e compositor, clientes para as partituras. Foi na Casa Beethoven que Vicente Vitale, que iniciava com seus irmãos uma editora musical, travou conhecimento com Zequinha. Assim, em 1924, Vicente Vitale lançou, sob o nº 12 do catálogo de sua editora, a valsa Branca, de Zequinha de Abreu, um sucesso extraordinário. “Devo a Zequinha, exclusivamente, o meu sucesso como editor” reconhecia Vicente, que depois editou sua música mais conhecida: “Tico-Tico no Fubá”.
Outros sucessos foram se seguindo e Vicente não teve dúvidas em propor-lhe um contrato de exclusividade, com a obrigação de entregar à editora uma música nova a cada mês, em troca de um salário compensador. Zequinha talvez tenha sido o único compositor de sua época a trabalhar com um contrato de ganho mensal fixo. Sua ligação com Vitale durou até o final da sua vida. Vicente Vitale viria a falecer em 19.9.1980, com 77 anos, exatamente no dia em que se comemorava o centenário do compositor e amigo Zequinha.
Incansável como sempre foi, ainda dava aulas de piano, geralmente para jovens de família abastada e aproveitava para vender as partituras de suas músicas nas casas que freqüentava. Era, contudo, destituído de ambição e pródigo com os amigos necessitados. Torcia pelo glorioso C.A. Paulistano e, na sua vida boêmia, era acompanhado pelos filhos Durval e Demerval.
Improvisava ao piano durante horas a fio, com a cervejinha do lado. “Era um homem simples e bom, modesto aoextremo. Falava pouco, sorria bastante e escrevia música com fluência” – rememorou o piauiense Hermes Vieira, que usava o pseudônimo de Naro Demóstenes, seu amigo e letrista.
Fonte: Wikipaedia