FRANCÊS – ESCOLA NACIONAL FRANCESA
Ao contrário do seu mentor, Saint-Saënz, Fauré foi particularmente bem sucedido ao manter-se em consonância com o desenvolvimento artístico de sua época, embora preservando sua essência romântica peculiar. Autor de um famoso réquiem e reputadíssimo mestre da canção francesa, também criou um excelente corpo de música de câmara e para piano. Seu talento melódico tendeu a obscurecer a profundidade introspectiva e arrebatada de sua música.
Vida. Compositor francês, Gabriel Fauré nasceu em Pamiers, a 12 de maio de 1845 e morreu em Paris, a 4 de novembro de 1924. Foi nomeado organista da igreja de Saint-Sauveur, em Rennes, depois na Madeleine. Sua obra-prima é o Réquiem Op. 48, inteiramente diferente do de Berlioz: nada dos desesperos do juízo final, mas uma pacificação do Dies irae, uma promessa de acesso in paradisum.
Lieder. Intimismo, recolhimento, discrição, serenidade, definem a atividade criadora de Fauré. Por isso mesmo, deu preferência aos Lieder e à música de câmara, gêneros banidos pelos operistas. Entre os vários ciclos de Lieder destacam-se
Música de câmara. Em sua derradeira fase, Fauré alcançou um estágio de verdadeira sabedoria. O Quarteto para cordas em mi menor, Op. 121 (1924) – seu opus ultimum – é um exemplo. Escreveu mais dois Quartetos para piano: Op. 15 e Op. 45 (1879 e 1886); dois Quintetos para cordas e piano: Op. 89 e Op. 115 (1921 e 1923); o Trio para violino, violoncelo e piano, Op. 120 (1923); o Quarteto para cordas em mi menor, Op. 121 (1924); duas Sonatas para violino e piano: Op. 13, em Lá maior, e Op. 108, em mi menor (1876-1917); duas Sonatas para violoncelo e piano: Op. 109, em ré menor, e Op. 117, em sol menor (1918 e 1922).
Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional