. Flauta reta – as flautas retas englobam as flautas doces (flauta de 8 furos, um deles na parte posterior destinado ao polegar) e as flautas de 6 furos com agudos feitos através de harmônicos, já que não possuem o furo posterior. É classificado na Idade Média como instrumento de som suave, baixo, diferenciando-se dos instrumentos altos, como as bombardas.
. Flauta transversal – presente em Bizâncio pelo menos desde o século XI, é pela primeira vez representada no manuscrito d´Herrade de Landsberg. Tinham, como as flautas retas, formato cilíndrico.
. Cornamusa – instrumento de sopro que consiste de um chalumeau melódico dotado de palheta dupla e inserido em um reservatório de pele hermético (odre ou saco). O ar entra no odre através de um tubo superior, com uma válvula para impedir o seu retorno.
. Viela de arco – os instrumentos de cordas friccionadas da Idade Média, chamados vièle, fiddle, giga, lira, começaram a ser utilizados no século X, quando o arco surge na Europa (introduzido provavelmente pelos árabes). A viela de arco pode ter formas bastante diversas e apresenta normalmente de 3 a cinco cordas. Pode ser tocada apoiada no ombro ou no joelho. É o protótipo do violino.
. Viela de roda – ou symphonia. É uma espécie de viela em que o arco é substituído por uma roda, que fricciona as cordas sob a ação de uma manivela. As cordas são encurtadas não diretamente pelos dedos, mas através de um teclado. Pertence ao folclore desde o século XVII.
. Alaúde – foi introduzido na Europa no século XII pelos mouros, com seu nome árabe al´ud, que se tornou laud na Espanha, depois luth na França.
. Harpa – tem a forma aproximadamente triangular. As cordas são presas por cravelhas, que podem variar de 7 a 25. A harpa portátil veio da Irlanda, com a chegada dos monges irlandeses (a harpa é o emblema heráldico deste país). É o mais antigo instrumento medieval.
. Percussão – antes do século XII, praticamente não existiam, à exceção dos jogos de sinos (cymbala) empregados nos mosteiros. Só nos séculos XII e XIII aparecem na Europa provenientes provavelmente do Oriente, os tambores de dois couros, o pequeno tambor em armação, que por vezes era dotado de soalhas (pandeiro), címbalos de dedos, etc.
. Flauta e Tambor – taborin (nome dado ao executante). Flauta de 3 furos tocada com uma das mãos enquanto a outra toca o tambor que é sustentado no ombro ou debaixo do braço pelo mesmo executante. O seu auge foi entre os séculos XV e XVI. Este instrumento é até hoje presente em algumas tradições no sul da França e no País Basco.
. Flauta dupla – foi um instrumento bastante utilizado e desapareceria somente no século XVI.
. Rabeca – instrumento de cordas friccionadas com caixa monóxila, isto é, escavada em uma só peça de madeira, cujas formas variavam. De proporções menores do que a viela de arco tem um som agudo e penetrante.
. Saltério – aparece no século XII numa escultura da catedral de Santiago de Compostela. Neste instrumento as cordas são estendidas em todo o seu comprimento acima da caixa de ressonância, ao contrário do princípio da harpa. É tocado pinçando-se as cordas com os dedos ou com plectro. Antepassado remoto do cravo e do cravicórdio.
. Lira Romana
. Organistrum – é uma viela de 3 cordas. Deu origem à sanfona.
. Organetto – ou portativo (portátil). Bizâncio foi o primeiro centro de construção de órgãos da Idade Média. A mão esquerda do instrumentista tocava o fole e a direita executava a peça.
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Fonte (texto): Site ATEMPO