ATÉ O SÉCULO XVI
Os primeiros instrumentos de corda tocados com arco só chegaram à Europa na Idade Média. Um dos modelos mais antigos é a viola de gamba, que era apoiada no colo dos músicos. Só por volta de 1550 o violino ganhou os traços que o caracterizam hoje. Originário da Itália, ele se espalhou com rapidez no norte da Europa por sua versatilidade.
1600-1737
A produção viveu o seu auge durante os séculos XVII e XVIII, principalmente em Cremona, na Itália. A primeira família a se dedicar com sucesso à fabricação foi a Amatti. No entanto, o luthier mais famoso da história foi um de seus alunos: Antonio Stradivari. Ele produziu peças com acústica, timbre e constância até hoje imbatíveis. Durante a vida, fez mais de mil violinos, violas e violoncelos.
1737-2007
Depois de Stradivari, as mudanças no violino não podem ser entendidas só como avanços. O som ficou mais alto, para se adequar às salas de concerto maiores. Assim, o braço do violino atual é mais comprido e inclinado, e as cordas suportam muito mais tensão. Ao contrário da trompa e do piano, o desenho do instrumento não mudou.
Por que Stradivari não foi superado?
Desde a morte de Stradivari, em 1737, tenta-se explicar o segredo da acústica inigualável de seus violinos. Acredita-se que a madeira utilizada tenha vindo de troncos armazenados no rio Pó, próximo a Veneza, que continha muito sal – o que talvez explicasse o efeito único. Outros afirmam que o mistério está no verniz original, sem conservantes sintéticos. Mas nenhuma hipótese esclarece por que os violinos de conterrâneos e contemporâneos não têm a mesma qualidade de Stradivari.
Vídeo | O encanto dos violinos Stradivarius
Fonte do texto: Revista Bravo, junho de 2007