(Capricho. It. capriccio). Termo que designa uma variedade de composições, habitualmente demonstrando uma forma livre. Frescobaldi e outros usaram-na para designar uma peça para teclado de textura fugal, Brahms para uma pequena peça pianística, Paganini para um estudo virtuosístico no violino, Tchaikovsky para uma obra orquestral e Strauss para uma ópera.
No século XVI se difundiu o capricho vocal, derivado do madrigal, com variantes antiformalísticas.
No século XVII se delineou a forma do capricho cembalo-organístico, como os compostos por Frescobaldi.
No século XVIII o termo capricho foi usado como sinônimo de tocata, fantasia e sonata, havendo até os compostos por mais de um movimento (como em algumas obras de Bach). Nesse mesmo período, o termo foi utilizado ainda como sinônimo de cadência, indicando um trecho em que o solista toca sem acompanhamento, "a capriccio", ou seja, de maneira arbitrária, geralmente improvisando, sem observar o tempo e o material temático da composição da qual faz parte.
Desde o final do século XVIII e por todo o século XIX, se difundiram os caprichos para piano, geralmente curtos, rápidos, virtuosísticos e livres de leis formais constantes, como os compostos por Beethoven e Felix Mendelssohn.