Pequeno tipo de cravo, com um grupo de cordas e saltarelos, e um teclado. O termo foi utilizado na Inglaterra até boa parte do século XVII, para indicar qualquer instrumento de teclado com plectro. Existe, no entanto, uma definição específica consagrada: virginal é um instrumento cujas cordas correm paralelas ao teclado, diferentemente daquele em que as cordas correm diagonalmente (como na espineta), ou diretamente perpendiculares ao executante (como no cravo).
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Coleção do Museu de la Musique, Paris
© Gérard Janot
O termo foi usado pela primeira vez c.1460, num tratado que o descrevia como "tendo a forma de um clavicórdio e cordas metálicas produzindo o som de um cravo". Essa forma retangular foi a primeira de muitas. Os virginais italianos tinham uma variedade particularmente ampla de modelos, tanto em formatos de harpa quanto poligonais, com o teclado projetando-se do corpo principal do instrumento. Os modelos flamengos tinham um teclado embutido no instrumento, quer centrado em um dos lados longos, quer à esquerda (caso em que o virginal era chamado de "spinett") ou à direita (chamado então de "muselar"). Os virginais ingleses seguiam o modelo flamengo. O virginal duplo, com dois teclados, um acima do outro e tocados separadamente ou acoplados, é também uma evolução flamenga.
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Fonte:
Dicionário Grove de Música, Edição concisa Zahar