DVORÁK, ANTONÍN (1841-1904)
TCHECO – ESCOLA NACIONAL LESTE EUROPEU – 189 OBRAS
Nº de catálogo: Op.96 ; B.179
Movimentos: 4
I. Allegro ma non troppo
II. Lento
III. Molto vivace
IV. Finale: Vivace ma non troppo
Ano da composição: 1893
Data da estreia: 01 de janeiro de 1894, Boston
Primeira publicação: 1894 – Berlin: N. Simrock
Estilo: Romântico
Instrumentação: 2 violinos, viola, cello.
Escrito em dezesseis dias no mês de junho de 1893, em Spilville, um vilarejo do estado norte-americano de Iowa, o quarteto de cordas mais célebre de Dvorák combina as raízes tchecas com a descoberta da música do “Novo Mundo”. Na realidade, a passagem do compositor pelos Estados Unidos rendeu-lhe o quarteto e a Sinfonia nº 9, que hoje constituem suas obras mais populares.
Por que Spilville, no Iowa? Porque era nessa cidadezinha que o pai do compositor atuava como organista – Dvorák o acompanhava na condição de assistente. Ali, ele pôde conhecer as músicas populares norte-americanas, incluindo a dos negros. Daí porque ele escreveu na partitura “Americano”. Os elementos americanos são, por exemplo, o uso da escala pentatônica nos tons menores, o uso do intervalo de sétima no lugar da sensível e de ritmos pontuados ou sincopados.
A obra teve sua estreia em 01 de janeiro de 1894, em Boston, executada pelo quarteto Kneisel, e desfruta até hoje, com justiça, de imensa popularidade. Raras vezes um compositor conseguiu adequar fontes tão diversas, fundindo-as de modo tão admirável.
Dvorák utiliza temas índios, negros e até do próprio Smetana, considerado o pai da música nacional tcheca (veja-se, por exemplo, a abertura, que em tudo coincide com Smetana, dos trêmolos nos violinos e do pedal no violoncelo ao primeiro tema confiado à viola). Nenhum compositor europeu antes de Dvorák mergulhou tão fundo no caldeirão sonoro norte-americano. E com resultados tão magníficos.
Fontes:
wikipedia.org (artigo em inglês)
IMSLP/Petrucci Music Library