HECTOR BERLIOZ (1803-1869)
FRANCÊS – ERA ROMÂNTICA – 124 OBRAS
LES TROYENS, H.133
Grand opéra, em cinco atos
Ano da composição: 1856– 1858, adições/revisões entre 1859–1860 e 1863;
1864 (Marche troyenne)
Libretista: Hector Berlioz, com base em Eneida, de Virgílio (19 a.C.) Livros II e IV
Dedicado à Princesa Carolyne Sayn-Wittgenstein (1819–1887)
Idioma: francês
Estilo: Romântico
Para coro, vozes e orquestra
Data da estreia:
. Atos III-V: 04 de novembro de 1863, Théâtre-Lyrique, Paris, França
. Atos I-II, versão de concerto: 07 de dezembro de 1879, Théâtre du Châtelet, Paris, França.
. Foi apresentada na íntegra somente 21 anos após a morte do compositor, em 05 e 06 de dezembro de 1890, em Karlsruhe, em versão alemã de O.Neitzel.
Há muito fascinado pela Eneida de Virgílio, Berlioz finalmente adaptou o épico em Les Troyens, ópera espetacular de cinco atos, com 22 papeis, enormes coros e balés. Hoje a obra, em duas partes, costuma ser apresentada em noites sucessivas: os Atos I e II, que não chegaram a ser encenados em vida de Berlioz, sob o título de A queda de Troia; e os Atos III a V, contando a trágica história de amor de Dido e Enéas, como Os troianos em Cartago.
Temendo nova rejeição do público de ópera em Paris, Berlioz só foi convencido a compor Les troyens por insistente estímulo da amante de Liszt, a princesa Carolyne Sayn-Wittgenstein, que, como Liszt, admirava a sua música.
Les Troyens é a maior ópera de Berlioz, e sob muitos aspectos sua maior realização. Nela, conseguiu unir sua busca do classicismo de um Gluck, em estrutura e forma, a sua própria paixão pelo que é expressivo e vivo.
Papeis principais:
Troia e Cartago, na Tunísia, na Antiguidade lendária
. Cassandra, mezzo-soprano - Profetisa troiana
. Corebo, barítono - Um príncipe asiático
. Príamo, baixo - Rei de Troia
. Enéas, tenor - Herói troiano
. Dido, mezzo-soprano - A rainha viúva de Cartago.
Fontes:
Guia Ilustrado da Ópera Zahar
Kobbé, O Livro Completo da Ópera - Jorge Zahar Editor
IMSLP/Petrucci Music Library