HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959)
BRASILEIRO – ESCOLA NACIONALISTA BRASILEIRA - c.1.000
Villa-Lobos não possui óperas famosas, principalmente pelo fato de quase nunca serem encenadas. Não se sabe ao certo nem mesmo quantas ele compôs. Alguns dizem que foram dez títulos, mas as partituras de apenas três delas parecem ter sobrevivido: “Izath”, “Yerma” e “A Menina da Nuvens” (a última escrita por Villa-Lobos, no final dos anos 50).
A partitura da ópera, dividida em três atos, é baseada na peça infantil de Lucia Benedetti, que fala sobre uma menina que é levada pelo vento a viver no céu. A inventividade da melodia e orquestração, característica de Villa-Lobos é sentido a todo o momento. O compositor utiliza muito da técnica do “falar cantando”, o que não se torna cansativo devido ao idioma: é toda em português. A obra toda, mas principalmente o fabuloso terceiro Ato, quando a Menina pede que a Lua a ajude a tecer uma toalha para dar de presente à Rainha, evocam a mais bela harmonia e sonoridade, construindo uma atmosfera de grande beleza e emoção.
O libreto de “A Menina das nuvens” é simples, sem grandes dinâmicas, mas com a música de Villa-Lobos, e a incrível montagem que a ópera requer, que amarra de maneira perfeita a história, ele se torna grandioso e prazeroso de se ver e ouvir.
Teve sua primeira apresentação no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 29 de novembro de 1960. A ópera foi dedicada à sua segunda esposa Mindinha.
PAPEIS PRINCIPAIS:
Menina, soprano lírico
Corisco, barítono agudo
Tempo, baixo
Variável, barítono
Marchinha, bailarina
Mãe, contralto
Anita, soprano
Soldado, baixo cantante
Rainha, mezzo soprano
Corisquinho, tenorino
Lua, mezzo soprano
Príncipe, tenor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Páginas acessadas em 18/03/2015
Adaptação dos textos: Elza Costa